Sunday, July 17, 2011
A rapidez e a discrição de di Resta
No início da temporada, este ano, Fábio Seixas, da Folha de S. Paulo, escreveu em sua coluna que ficava preocupado ao ver, na lista de pilotos inscritos, que nenhum novato estava chegando à Fórmula 1 por causa de seu talento - vide os dois latino-americanos, Maldonado e Pérez, financiados por patrocínios milionários de seus países.
Até agora, porém, a previsão de Seixas não parece tão certeira. Os novatos estão indo bem. Entre todos eles, tem me chamado a atenção Paul di Resta, o escocês da Force India. Seu companheiro de equipe é ninguém menos que Adrian Sutil, um dos talentos surgidos na última metade da década passada, apesar de os resultados finais não refletirem muito bem sua capacidade.
Acontece que di Resta tem batido Sutil com certa regularidade: de nove corridas, o escocês largou à frente do companheiro em sete.
Na tabela de pontuação, porém, di Resta acumula apenas dois pontos, conquistados nas duas primeiras etapas. Mas isso não tira seu mérito.
Di Resta provou que tem potencial. Mas impressiona, também, pela discrição. Um episódio muito estranho aconteceu em seu círculo familiar recentemente. Na quinta-feira anterior ao GP da Turquia, o ex-jogador britânico de futebol Dougie McCracken foi encontrado morto em sua casa.
McCracken era padrasto de di Resta. Até onde se sabe, ele se suicidou. O registro da tragédia foi dado pelo jornal inglês Daily Mail. Longe dos holofotes, o piloto foi para a pista e fez o seu trabalho.
Dizem alguns que a melhor forma de entrar na Fórmula 1 é em um lugar onde o novato não precise mostrar resultados e onde ele não chame a atenção da mídia. Do contrário, o jovem piloto pode ficar vulnerável à pressão. No caso de di Resta, a opção de ingressar discretamente na categoria parece ter sido acertada.
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Force India,
Paul di Resta
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