Sunday, December 12, 2010
Walkinshaw e os carros que não corriam
Se é verdade o que alguns comentaristas da Fórmula 1 dizem, que você é tão bom quanto a sua última corrida, então não será dos mais honrosos o epitáfio de Tom Walkinshaw (1946-2010). Uma de suas atitudes mais comentadas como dono da equipe Arrows foi mandar seus dois pilotos para a pista, nos treinos do GP da França de 2002 (foto), com ordens de não obterem tempo suficiente para estarem no grid no dia seguinte.
Sob esse (um tanto exótico) ponto de vista, aquele fim de semana foi um sucesso. Enquanto Montoya cravou 1m11s985 e ficou com a pole position, Heinz-Harald Frentzen teve o seu melhor giro com 1m18s497, e Enrique Bernoldi, com 1m19s843. Nem mesmo Alex Yoong atingiu uma marca tão vergonhosa (1m16s798). Nos tempos da regra dos 107%, isso significava: fora da prova.
Walkinshaw só não deixou seus dois carros nos boxes em Magny-Cours porque isso lhe renderia uma polpuda multa a ser debitada na conta de Bernie Ecclestone. As flechas negro-alaranjadas ainda correriam (e largariam) o GP da Alemanha, mas, depois, a equipe Arrows se tornaria domínio exclusivo das páginas da história.
Até que um câncer o matasse neste domingo, Tom Walkinshaw dedicou-se a fazer carros acelerarem (pra valer) na V8 Supercars australiana. O automobilismo perde uma vida a ele dedicada.
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