Por alguma crueldade do destino, o último post que fala sobre Heidfeld neste blog tem o título de "Substituto natural".
Naturalíssimo, de fato. Porque a Renault anunciou hoje que é o traseiro do alemão o escolhido para aquecer o cockpit deixado vago pelo ferido (convalescente?) Robert Kubica. Tendo passado boa parte do inverno corrente como piloto de testes da Pirelli, Heidfeld pode ser usado como poderosa arma no desenvolvimento dos carros pretos e dourados - também coloridos com um vermelho-petrolífero que estraga toda a unidade cromática do conjunto.
Tendo participado de 172 GPs, porém, ele subitamente volta a ser um candidato sério a recordista de piloto com mais largadas na Fórmula 1 sem ter vencido uma prova. O atual detentor da marca é Andrea de Cesaris, o que dá uma ideia do pouco prestígio que essa lista confere.
Ainda assim, "Quick Nick" não é visto como um piloto ruim. É mais um daqueles pilotos que, para ter ganhado alguma vez, só faltava ter chegado em primeiro. E, convenhamos, ele o teria feito, não fosse uma ordem da BMW-Sauber para tirar o pé, deixar Kubica seguir e garantir a dobradinha no GP do Canadá de 2008 - que, vale dizer, deu a liderança no campeonato para o polonês, anos-luz à sua frente na tabela de pontos, naquela época.
E não deixa de ser curioso que sua segunda volta da aposentadoria tenha sido para substituir seu antigo colega.
Pela segunda vez em seis meses, contra todas as expectativas, Heidfeld tem a presença no grid confirmada. Na Fórmula 1, é o exemplo mais palpável de um eterno retorno...
Wednesday, February 16, 2011
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