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Wednesday, February 16, 2011

O eterno retorno

Por alguma crueldade do destino, o último post que fala sobre Heidfeld neste blog tem o título de "Substituto natural".

Naturalíssimo, de fato. Porque a Renault anunciou hoje que é o traseiro do alemão o escolhido para aquecer o cockpit deixado vago pelo ferido (convalescente?) Robert Kubica. Tendo passado boa parte do inverno corrente como piloto de testes da Pirelli, Heidfeld pode ser usado como poderosa arma no desenvolvimento dos carros pretos e dourados - também coloridos com um vermelho-petrolífero que estraga toda a unidade cromática do conjunto.

Tendo participado de 172 GPs, porém, ele subitamente volta a ser um candidato sério a recordista de piloto com mais largadas na Fórmula 1 sem ter vencido uma prova. O atual detentor da marca é Andrea de Cesaris, o que dá uma ideia do pouco prestígio que essa lista confere.

Ainda assim, "Quick Nick" não é visto como um piloto ruim. É mais um daqueles pilotos que, para ter ganhado alguma vez, só faltava ter chegado em primeiro. E, convenhamos, ele o teria feito, não fosse uma ordem da BMW-Sauber para tirar o pé, deixar Kubica seguir e garantir a dobradinha no GP do Canadá de 2008 - que, vale dizer, deu a liderança no campeonato para o polonês, anos-luz à sua frente na tabela de pontos, naquela época.

E não deixa de ser curioso que sua segunda volta da aposentadoria tenha sido para substituir seu antigo colega.

Pela segunda vez em seis meses, contra todas as expectativas, Heidfeld tem a presença no grid confirmada. Na Fórmula 1, é o exemplo mais palpável de um eterno retorno...

Tuesday, July 20, 2010

Substituto natural

A chamada está numa matéria da revista inglesa F1 Racing de 2002, reproduzida no Brasil pela Racing (edição número 101): "Nick Heidfeld - O piloto alemão pode vir a ser o substituto natural de Michael Schumacher na categoria".

A ideia, obviamente, era que, quando Schumacher se retirasse, Heidfeld assumisse seu posto como o-alemão-lutando-por-campeonatos-num-carro-competitivo. Ironicamente, a previsão da F1 Racing de oito anos atrás se realizou: como farsa. Como terceiro piloto da Mercedes, Nick pega o volante caso o heptacampeão estiver impossibilitado de pilotar, ou resolver abreviar o seu retorno às pistas.

O repórter e vidente Tom Clarkson, autor da matéria e da previsão, demonstra claramente que precisa jogar fora sua bola de cristal: "A carreira de Nick com quase toda a certeza durará mais que aquela de qualquer outro piloto alemão. Assim, quando chegar o dia em que ele for o único piloto alemão na F1, ocupará o lugar de Schumacher como a maior esperança de sua pátria".

De volta a 2010. Schumacher retorna de sua aposentadoria e continua sendo o alemão mais longevo na Fórmula 1. No próximo fim de semana, serão seis os alemães no grid de largada do GP da Alemanha. Nenhum deles chamado Nick Heidfeld.

A carreira de 'Quick Nick' é daquelas que motivarão estudos de caso por anos a fio. Um piloto que tinha tudo para ser campeão e sequer conquistou uma vitória. Foi companheiro de equipe de quatro pilotos que já estiveram na liderança do campeonato alguma vez (Raikkonen, Massa, Kubica, Webber), e se mostrou à altura todos - muito embora os três primeiros fossem todos, na época, apenas estreantes. Kubica foi superado em duas das três temporadas completas que disputaram na BMW Sauber, mas o polonês se manteve na categoria, e ele não.

Também pela F1 Racing, mais recentemente, em fevereiro de 2009, foi publicada uma entrevista sua. O repórter lembra o teste que ele fez em Barcelona duas semanas depois do fim da temporada, em Barcelona, diante das arquibancadas vazias, e pergunta de onde vem sua motivação. Eis a sua resposta:

"Não ligo se as pessoas estão vendo ou não; é legal se eles estão, mas não é a razão de eu fazer isso. Mesmo após duas semanas, eu já sentia que não sentava no carro há um bom tempo. Minha principal motivação é a mesma de quando comecei, criança: eu faço porque eu gosto. É divertido. E além disso porque eu tenho meu objetivo, vencer. Mesmo em 2004, pela Jordan, eu gostava porque eu tinha a possibilidade de provar o meu valor. Eu sabia que, se eu desse tudo de mim, então talvez alguém veria e me daria uma chance. Mas eu nunca tive um problema em arranjar motivação para pilotar".

Resta saber se, caso surja um cockpit na Mercedes antes do previsto, Heidfeld ainda terá a motivação necessária para provar o seu valor. Será que ele consegue?

Sunday, August 9, 2009

Nick Heidfeld no Nordschleife



Ah, você já viu esse vídeo, é claro. Certeza. Por este motivo, aperte o play apenas se lhe for conveniente. Não o coloco aqui para ser visto, mas para ser lembrado. Temos a tendência de cair em maniqueísmo após certos acontecimentos, como no caso da retirada da BMW das pistas. Se deploramos a atitude da empresa, podemos ao menos lembrar dos momentos bacanas que a equipe nos proporcionou. Por exemplo, colocando um de seus carros para dar voltas no anel norte de Nürburgring, no dia 28 de abril de 2007 – mais de trinta anos depois do último Fórmula 1 ter riscado o mesmo asfalto.

Caso opte por assistir ao vídeo, tudo o que você precisa saber sobre ele está colocado abaixo. O texto, supõe-se, é de autoria de quem o publicou no Youtube, identificado como
FOKforum.

BMW F1 Nürburgring Nordschleife – vídeo onboard de Nick Heidfeld (nota: o vídeo é a edição misturada de todas as três voltas).

O traçado de 24,333 km foi usado: Nordschleife + GP Strecke: Mercedesarena / kurtzambindung (logo, não todo o circuito de Grand Prix). Os tempos de volta foram 8m12, 8m30 e 7m29 (novo recorde). O antigo recorde deste layout era 8m06 (Jurgen Alzen, Porsche 996 Turbo VLN, at 11-6-2005).

O tempo de Heidfeld não pode ser comparado aos antigos recordes de Lauda (6m58) e Bellof (6m11), pois o traçado possui hoje um comprimento diferente: nos dias de Lauda, 22,8 km, enquanto Bellof o fez com 20 km. Heidfeld diminuiou a velocidade nas duas retas principais, para sessões de fotos. O carro foi modificado, com marchas mais curtas, permitindo uma velocidade máxima de apenas 275 km/h. Também foram utilizados pneus de demonstração, que não dão aderência, de acordo com Heidfeld.

Este vídeo é uma montagem com as desacelerações removidas, e mostra que o piloto poderia ter feito uma volta de 6m40 naquele dia. Os engenheiros da BMW estimam que uma volta em 5m30 seria possível, caso as restrições fossem removidas.


Friday, January 30, 2009

Recorde para o alemão


Mas como assim, o alemão continua a bater recordes depois de sair da Fórmula 1?? Não, não estamos falando deste alemão...

Michael Schumacher na verdade perdeu, no fim do ano, um de seus recordes. Para um conterrâneo: Nick Heidfeld. O piloto da BMW ostenta, atualmente, o título de piloto que mais se classificou em Grandes Prêmios consecutivamente, com 28 chegadas.

Schumacher se classificou em 24 GPs consecutivos, desde a Hungria, em 2001, até o GP da Malásia em 2003. Já Heidfeld começou sua saga em Magny Cours, em 2007, e tem se classificado em todas as corridas desde então. Ou seja, sua marca ainda pode melhorar.

Classificar-se em uma prova não significa, necessariamente, chegar nela. Considera-se classificado um piloto que tenha completado pelo menos 90% das voltas do vencedor. O próprio Nick teve um abandono nas suas últimas 28 corridas, mais precisamente no pluviorrágico GP do Japão de 2007, quando seu motor quebrou na 65a volta, duas a menos que as percorridas pelo primeiro colocado, Lewis Hamilton.

Esta foi a pior colocação do piloto no período: 14o lugar, também obtido no GP da Mônaco de 2008. Apesar da tendência de não chegar bem em corridas confusas (décimo no último GP do Brasil, por exemplo), um de seus melhores resultados - segundo lugar - foi conquistado no chove-para do GP da Grã-Bretanha de 2008.

Foram quatro segundos lugares durante este período, todos obtidos no ano passado, e cinco pódios: aos resultados anteriores, soma-se a terceira posição na Hungria, em 2007. Em 28 corridas, Heidfeld pontuou em 20. Apesar da seqüência, não se pode dizer que o piloto tenha sido regular. Schumacher, em suas 24 corridas, pontuou em todas, o que lhe rende o recorde de maior número de pontuações consecutivas.

Nick Heidfeld também deve ceder parte dos méritos de sua marca por ser um produto de seu tempo, afinal os anos 2000 têm como característica, na Fórmula 1, uma resistência sem precedentes dos carros. Não à toa que, das dez primeiras sequências registradas, oito ocorreram nos últimos nove anos. As exceções são Niki Lauda, classificado todas as 17 corridas entre o GP de Mônaco de 1975 e o GP da Suécia de 1976, e Ayrton Senna, que igualou a marca de Lauda entre os GPs do México de 1988 e 1989.

Mas o que realmente diminui o recorde de Heidfeld é o fato de o piloto não haver obtido nenhuma vitória nem nas últimas 28 corridas, tampouco nos exatos 150 Grandes Prêmios que disputou até hoje. Eis o alemão que é a grande prova de que recordes, na Fórmula 1, nem sempre significam algo.

Wednesday, November 12, 2008