Juan Manuel Fangio viu a morte de perto duas vezes na pista. A primeira em Monza, 1952, no relativamente famoso acidente que sofreu após dirigir a noite inteira para chegar ao circuito. A outra foi nas 24 Horas de Le Mans de 1955.
Ele se aproximava da reta dos boxes em sua furiosa perseguição à Jaguar de Mike Hawthorn, logo atrás do companheiro Pierre Levegh, retardatário. Hawthoorn subitamente entrou nos boxes, forçando uma manobra repentina de Lance Macklin, em um Austin Healey para evitar a colisão. Levegh, por sua vez, não teve como evitar a colisão com Macklin senão jogando seu carro contra um barranco ao lado da pista.
O resto da história todos sabem: Levegh bateu e decolou sobre a multidão em plena reta dos boxes, no maior acidente do automobilismo de todos os tempos, que custou a sua vida e a de mais de oitenta espectadores.
Fangio permaneceu na corrida por muitas horas após o ocorrido, desistindo apenas quando a Mercedes deciciu por retirar seus carros em luto por seu piloto e pelos espectadores. O argentino conta que só pôde passar incólume da batida porque Levegh sinalizou com o braço a presença do Austin Healey á frente, pouco antes de se lançar ao vôo mortal. Não fosse por isso, ele também estaria entre as vítimas.
O episódio ocorreu na terceira hora da corrida, em 11 de junho de 1955.
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