Thursday, June 24, 2010

Pirelli retorna à Fórmula 1 para "superar" marcas dos anos 50

Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar com os leitores deste espaço pela falta de atualizações. Elas tendem a ficar mais constantes já a partir da semana que vem. Ainda preciso 'pegar o ritmo' mais uma vez, me ligar de novo no universo do automobilismo, e isso leva um certo tempo.

Dentre as notícias mais quentes está a confirmação do que já se comentava há muito tempo, o retorno da Pirelli como fornecedora de pneus para a Fórmula 1. Uma boa oportunidade para um panorama histórico sobre a passagem da marca pela categoria.

Desde 1991 que nenhuma equipe vai à pista calçada com os italianos. Naquele ano ocorreu a última vitória, com Nelson Piquet, com a Benetton, no GP do Canadá. Engana-se, porém, quem pensa que eles saíram no auge. Antes do brasileiro, o último a vencer de Pirelli havia sido Gerhard Berger, no GP do México de 1986 - que ganhou a corrida justamente por confiar no menor desgaste de seus compostos, levando o carro até o fim sem parar nos boxes.

No ano anterior, Nelson Piquet havia vencido o GP da França (foto) para salvar o ano da fabricante. Os pneus geralmente eram inferiores aos Goodyear, e na chuva do GP de Portugal protagonizaram um vexame histórico. Paul Ricard foi a única pista onde eles se equipararam aos americanos; o desempenho em reta do motor BMW da Brabham ajudou o brasileiro a fugir dos rivais na longa reta Mistral, e os novos Honda da Williams só alcançariam a plenitude na corrida seguinte, em Silverstone.

A conquista de Piquet tirou a Pirelli de uma fila de quase 28 anos: Stirling Moss era o último vencedor da marca, pelo GP da Itália de 1957. Os anos 50 ainda são a década de ouro dos pneus italianos, época em que competiram sobretudo contra os Dunlop britânicos e Englebert belgas. Agora liberados da concorrência, estes números ficarão no passado, e a marca tende a somar vitórias ad infinitum às 43 que já possui.

0 comments:

Post a Comment