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O lago de Maracaibo, apesar do prenome, tem abertura para o mar e, portanto, sua água é salgada. Encravado no Caribe, a região não é, porém, destino preferencial de turistas em busca de paraísos naturais. Em Maracaibo, a riqueza natural é outra: o petróleo.
Com os poços explorados exclusivamente pela estatal vezezuelana, a PDVSA, é de lá que vem o mais novo financiamento para os carros da Williams.
Não é a primeira vez que Frank Williams recebe petrodólares de braços abertos. No final dos anos 70, ele e Patrick Head tinham uma equipe pequena e contavam com pouco mais do que o talento de ambos. Foi quando pegaram um avião e resolveram ir até a fonte do combustível.
No início dos anos 70, os sheiks do Golfo Pérsico se uniram para encarecer o produto para o Ocidente após as investidas militares de Israel sobre territórios árabes. Não à toa, meia dúzia de anos depois a linha Bahrein-Heathrow estava abarrotada de Concordes.
Frank Williams deu aos árabes mais um lugar onde gastar. Daí para o campeonato mundial de pilotos e construtores, em 1980, foi um passo. Conquista essa que foi comemorada, no GP do Canadá daquele ano (foto abaixo) com as devidas homenagens.
Trinta anos atrás, os sheiks exigiram não muito mais do que uma bandeira e a proibição de se comemorar as vitórias com bebidas alcoólicas. Atualmente, os venezuelanos quiseram em troca um pouco mais: uma vaga no cockpit para a revelação bolivariana Pastor Maldonado.
As perspectivas, porém, não são as de conquistar um campeonato mundial. O mundo hoje em dia é outro e a Fórmula 1 também. Um punhado de dólares e uma ideia na cabeça não são mais suficientes para se entrar na luta pelas primeiras posições.
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