Em pouco menos de duas semanas, Lewis Hamilton virá ao Brasil para disputar a última corrida do ano e tentar ganhar o campeonato mundial de pilotos. Todas as chances a seu favor. Sem disputa com seu companheiro de equipe, larga vantagem de pontos de seu concorrente mais próximo, um carro bom e confiável. Contra ele, apenas o fantasma do ano passado.
Hamilton, entretanto, não é o único a ter um fantasma à sua volta. A eventual derrota do inglês no campeonato jogará luz no retumbante fracasso da parceria McLaren-Mercedes.
Juntas desde 1995, disputaram 13 temporadas completas até o fim do ano passado e venceram 52 corridas (58, contando as seis deste ano). Mas, em termos de campeonato, os resultados são risíveis: dois de pilotos e um de construtores.
Não é uma equipe qualquer. A McLaren foi a única a ultrapassar, em tempos recentes, a marca absoluta de vitórias da Ferrari – do GP da Austrália de 1993 ao da Alemanha de 1994, totalizou 104 primeiros lugares contra 103 da equipe de Maranello.
Além disso, é um time de ponta desde os anos 70. Na década seguinte, deixou de ser neozelandesa para se tornar britânica, sob o comando de Ron Dennis. Antes de se tornar parceira da Mercedes, se juntou a outras duas grandes fábricas: Porsche e Honda. Com ambas, conquistou o campeonato mundial logo no primeiro ano de parceria.
Corrijo-me: em 1994, firmou-se um contrato natimorto com a Peugeot. E foi em frangalhos que a Mercedes, após igualmente fracassada tentativa com a Sauber, se juntou à outrora campeã para formar um ‘dream team’.
Após três anos de recuperação, encontram os bons resultados. Conquistam o campeonato de pilotos e construtores de 1998. No ano seguinte, repetem o título de pilotos, ambos com Mika Hakkinen.
A partir de 2001, porém, a equipe entra em turbulência, alternando algumas temporadas fantásticas com outras tantas vergonhosas. Em 2004, o MP4/16 torna-se a piada do grid de tanto quebrar. Em 2005, Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya vencem 10 das 19 provas, mas não levam a taça nem de pilotos, nem de construtores.
Desorganização e denúncias de espionagem explodem em 2007, e o título de pilotos escorre entre os dedos.
Nem mesmo em seus piores dias a McLaren sofreu com um jejum tão prolongado de títulos. Desde o último triunfo da Hakkinen, lá se vão nove anos. Da conquista de Hunt à de Lauda, entre 1976 e 84, foram oito anos de espera. Da última de Senna em 1991 à da Hakkinen em 1998, sete anos.
Caso vença a disputa entre os construtores em 2008, a McLaren-Mercedes igualará os dez anos de espera pelo título entre 1974 (quando Fittipaldi foi o primeiro campeão com a equipe) e 1984.
Não é provável, porém, que a equipe conquiste outro campeonato que não o de pilotos, já que está onze pontos atrás da Ferrari. Mais uma prova de que uma equipe que vence não é, necessariamente, uma equipe vencedora.
Hamilton, entretanto, não é o único a ter um fantasma à sua volta. A eventual derrota do inglês no campeonato jogará luz no retumbante fracasso da parceria McLaren-Mercedes.
Juntas desde 1995, disputaram 13 temporadas completas até o fim do ano passado e venceram 52 corridas (58, contando as seis deste ano). Mas, em termos de campeonato, os resultados são risíveis: dois de pilotos e um de construtores.
Não é uma equipe qualquer. A McLaren foi a única a ultrapassar, em tempos recentes, a marca absoluta de vitórias da Ferrari – do GP da Austrália de 1993 ao da Alemanha de 1994, totalizou 104 primeiros lugares contra 103 da equipe de Maranello.
Além disso, é um time de ponta desde os anos 70. Na década seguinte, deixou de ser neozelandesa para se tornar britânica, sob o comando de Ron Dennis. Antes de se tornar parceira da Mercedes, se juntou a outras duas grandes fábricas: Porsche e Honda. Com ambas, conquistou o campeonato mundial logo no primeiro ano de parceria.
Corrijo-me: em 1994, firmou-se um contrato natimorto com a Peugeot. E foi em frangalhos que a Mercedes, após igualmente fracassada tentativa com a Sauber, se juntou à outrora campeã para formar um ‘dream team’.
Após três anos de recuperação, encontram os bons resultados. Conquistam o campeonato de pilotos e construtores de 1998. No ano seguinte, repetem o título de pilotos, ambos com Mika Hakkinen.
A partir de 2001, porém, a equipe entra em turbulência, alternando algumas temporadas fantásticas com outras tantas vergonhosas. Em 2004, o MP4/16 torna-se a piada do grid de tanto quebrar. Em 2005, Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya vencem 10 das 19 provas, mas não levam a taça nem de pilotos, nem de construtores.
Desorganização e denúncias de espionagem explodem em 2007, e o título de pilotos escorre entre os dedos.
Nem mesmo em seus piores dias a McLaren sofreu com um jejum tão prolongado de títulos. Desde o último triunfo da Hakkinen, lá se vão nove anos. Da conquista de Hunt à de Lauda, entre 1976 e 84, foram oito anos de espera. Da última de Senna em 1991 à da Hakkinen em 1998, sete anos.
Caso vença a disputa entre os construtores em 2008, a McLaren-Mercedes igualará os dez anos de espera pelo título entre 1974 (quando Fittipaldi foi o primeiro campeão com a equipe) e 1984.
Não é provável, porém, que a equipe conquiste outro campeonato que não o de pilotos, já que está onze pontos atrás da Ferrari. Mais uma prova de que uma equipe que vence não é, necessariamente, uma equipe vencedora.
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