É uma história bastante conhecida a lenda de que, durante a última das reformas executadas na curva Acque Minerale, entre 94 e 95, foi encontrada uma bomba datada da Segunda Guerra, ainda ativa, enterrada abaixo do autódromo.
Verdade ou não, é uma história bastante ilustrativa. Quando Imola saiu do calendário, percebemos o quão grande era a sua dimensão simbólica.
A começar pela espécie de santuário em homenagem a Senna que o muro da Tamburello se tornou. Um local de uma espécie de devoção e peregrinação que parece eleger a imagem do piloto brasileiro como o símbolo de um automobilismo passado.
Automobilismo este do circuito antigo, da longa reta, do traçado que, mesmo entremeado por chicanes, ainda era um desafio. O que se viu após 1994 não proporcionava a mesma sensação de flerte com o destino: caixas de brita enormes, freadas fortes e sincopadas, retas picotadas eram o preço da segurança.
Será que foi um preço justo a pagar? Não à toa, as duas imagens mais recentes que a Fórmula 1 produziu no Autodromo Enzo e Dino Ferrari foram de Fernando Alonso e Michel Schumacher disputando a liderança, incapazes de ultrapassar um ao outro, por dezenas de voltas. Uma disputa de plástico, cosmética. Ultrapassagem não existia mais na gramática do automobilismo.
Tal foi o problema que, no ano seguinte, iniciaram-se as obras de reforma e ampliação do paddock, que também previa a supressão da última chicane, logo antes do grid de largada. Não restaura o antigo circuito, mas, pela primeira vez desde os anos 70, os pilotos poderiam começar a acelerar na Rivazza e continuar a fazê-lo até chegar na Tamburello.
O circuito, porém, não voltou ao calendário. As obras no paddock ainda se encontram em curso, mas a pista foi reaberta. Talvez Imola não volte mais para abrir as temporadas europeias, como o fez durante temporadas a fio. Tanto antes como depois de 1994, o circuito era bastante representativo daquilo que o velho continente oferecia, da espinha dorsal do campeonato. Sua saída também foi simbólica nessa dimensão: até que ponto os circuitos europeus, agora remendados aqui e acolá, são importantes frente aos grandes shoppings center travestidos de autódromo concebidos por Tilke?
Verdade ou não, é uma história bastante ilustrativa. Quando Imola saiu do calendário, percebemos o quão grande era a sua dimensão simbólica.
A começar pela espécie de santuário em homenagem a Senna que o muro da Tamburello se tornou. Um local de uma espécie de devoção e peregrinação que parece eleger a imagem do piloto brasileiro como o símbolo de um automobilismo passado.
Automobilismo este do circuito antigo, da longa reta, do traçado que, mesmo entremeado por chicanes, ainda era um desafio. O que se viu após 1994 não proporcionava a mesma sensação de flerte com o destino: caixas de brita enormes, freadas fortes e sincopadas, retas picotadas eram o preço da segurança.
Será que foi um preço justo a pagar? Não à toa, as duas imagens mais recentes que a Fórmula 1 produziu no Autodromo Enzo e Dino Ferrari foram de Fernando Alonso e Michel Schumacher disputando a liderança, incapazes de ultrapassar um ao outro, por dezenas de voltas. Uma disputa de plástico, cosmética. Ultrapassagem não existia mais na gramática do automobilismo.
Tal foi o problema que, no ano seguinte, iniciaram-se as obras de reforma e ampliação do paddock, que também previa a supressão da última chicane, logo antes do grid de largada. Não restaura o antigo circuito, mas, pela primeira vez desde os anos 70, os pilotos poderiam começar a acelerar na Rivazza e continuar a fazê-lo até chegar na Tamburello.
O circuito, porém, não voltou ao calendário. As obras no paddock ainda se encontram em curso, mas a pista foi reaberta. Talvez Imola não volte mais para abrir as temporadas europeias, como o fez durante temporadas a fio. Tanto antes como depois de 1994, o circuito era bastante representativo daquilo que o velho continente oferecia, da espinha dorsal do campeonato. Sua saída também foi simbólica nessa dimensão: até que ponto os circuitos europeus, agora remendados aqui e acolá, são importantes frente aos grandes shoppings center travestidos de autódromo concebidos por Tilke?
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