Monday, October 17, 2011

Well done, Wheldon


Ele tinha uma Indy 500 e um campenato da categoria para ostentar em seu currículo ao final de 2005. Recebeu uma ligação de Mario Theissen, então chefe da BMW-Sauber. Queria oferecer-lhe uma vaga na Fórmula 1 no ano seguinte. Como piloto de testes. Enfatizou, porém, que era possível que competisse em um GP já em 2006. Wheldon, cansado de ouvir que não se deve acreditar em tudo o que diz o pessoal da Fórmula 1, recusou.

Theissen chamou Kubica e Vettel para lugar de Wheldon. Em julho de 2006, quando Jacques Villeneuve fora demitido, o polonês entrou em seu lugar, e Vettel como piloto de testes, e o resto é história.

A Fórmula 1 havia sido o sonho daquele inglês que competiu roda a roda com Jenson Button em seus tempos de Fórmula Ford, e que se mudou para os EUA porque não tinha dinheiro para ingressar na Fórmula 3.

Mas não havia tanto motivo assim para se arrepender de suas escolhas. Aprendeu a correr em ovais e estes acabaram se tornando sua especialidade. Vivia em uma bela casa na Florida com a mulher e os filhos.


Outras decisões mal sucedidas nos bastidores marcaram sua carreira, como a saída da Ganassi em 2008, que o levou para a Panther e para o fundo do grid. No início deste ano, perdeu a vaga na Panther para o 'rookie' JR Hildebrand. Curiosamente, era Hildebrand que liderava a Indy 500 em maio passado, quando bateu, na última curva da última volta, deixando caminho livre para a vitória de Wheldon.

É difícil tolerar mortes no esporte que aprendemos a gostar, especialmente quando elas são estúpidas e levam consigo profissionais talentosos. Embora seja cedo demais para apontar culpados, colocar 34 pilotos - parte dos quais não têm preparo suficiente para tais condições - numa pista veloz e curta como a de Las Vegas certamente foi uma insanidade. E cobrou um preço alto.

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