Saturday, December 27, 2008

Retrospectiva 2008 – Newey comenta a Lotus 72


Falou-se, no dia 28 de maio do modelo D6 da equipe ATS, que correu em 1983. As informações vêm quase todas de Adrian Newey, retiradas de uma matéria da revista Racing número 65.

A tal matéria, publicada em 2001, é creditada ao grupo Motorpres internacional e é (muito mal) traduzida por Maria de la Paz. Nela, Newey comenta seus carros preferidos na história da Fórmula 1. Além do já referido ATS, o mais pop dos projetistas também elege os Lotus 72C e 79, além de seu McLaren MP4/13.

De longe, o primeiro carro recebe os comentários mais interessantes. O Lotus 72 foi o primeiro carro que deixou o modelo de “banheira com rodas” para adotar a forma e cunha, radiadores laterais e não frontais, além de freios inboard, que nunca, nem antes nem depois, apareceu em outro modelo na história da categoria. Supõe-se, inclusive, que uma falha destes freios tenha jogado Rindt contra o muro em Monza, em 1970, antes da entrada da Parabólica, matando o piloto austríaco.

“O bico mais pontiagudo melhorou a passagem de ar pela asa dianteira e os radiadores posicionados no centro do carro otimizaram a distribuição das forças”, declarou Newey. Seus elogios, porém, acabam por aí.

“Na Lotus, o aerofólio ficava muito perto do motor e da caixa de câmbio. Isso prejudicava a passagem de ar pela asa. Chapman não dispunha de uma tomada de ar. Ele arriscou”. Newey também aproveita para especular se as formas cônicas, empregadas nos carros atuais, não seriam mais eficazes, em detrimento ao formato de cunha que Colin Chapman empregou: “Se essa escolha tivesse sido feita naquela época, poderia ter dado certo, porque a concorrência nem sonhava ainda com a aerodinâmica”.

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