Os acontecimentos narrados nesta seção ocorreram entre os anos de 2001 e 2002.
Título e informações: Racing (13 de junho de 2001 – Venício Zambelli)
A revista Racing tira o assunto de suas colunas e os coloca em uma matéria. Por não ser diária, deu-se ao luxo de explicar os pormenores mais didaticamente e colocar fotos estouradas sem a mínima necessidade.
Ainda assim, um trecho do texto cama a atenção: “Para garantir a transmissão e outros interesses, a única solução seria que elas tomassem poder da maioria das ações da Slec, para que tocassem da maneira como quisessem a categoria. Mas caso não seja possível, uma nova Fórmula 1 surgirá. A Primeira Categoria Global (Premier Global Series), como informa a Acea”.
Um box enxertado na reportagem explica a TV digital, grande aposta da FOM no final dos anos 90 para a Fórmula 1 nas transmissões européias, que funcionavam em sistema pay-per-view (a transmissão usual continuava, claro, em tv aberta). “Nos países em que já se utiliza a televisão digital (...), a cobertura é ainda mais ampla (...). Você pode escolher de qual câmera quer assistir [a corrida]”.
No fim de 2001, a tv digital foi desativada. Considerada um fracasso financeiro, como aliás, todas as tentativas prévias de colocar corridas em transmissões pagas (aqui tem um exemplo).
Já o nome Premier Grand Prix durou menos ainda: a Acea tratou logo de substituí-lo por Grand Prix World Championship, ou, simplesmente, GPWC.
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Friday, August 1, 2008
Thursday, July 24, 2008
GPWC – “Carta do Editor” de Sergio Quintanilha
Informações: Racing (18 de abril de 2001)
Sergio Quintanilha, na época editor da revista Racing, comentou em sua coluna alguns detalhes da situação. Em primeiro lugar, trata dos 75% das ações da Slec pertencentes aos grupos de mídia alemães, ambas sob o comando de Leo Kirch. “Acontece que a negociação havia sido feita com Thomas Haffa. Este, à beira da falência, passou a EM.TV a Kirch”.
“O mais incrível é que a tal Slec ainda deve US$ 360 milhões à FIA. Ou seja, Mosley pode romper o contrato e passar a Fórmula 1 ao controle da Acea (Associação dos Construtores Europeus de Automóveis) no futuro próximo”.
Na mesma edição, Nelson Piquet, que assinava regularmente uma coluna na revista, comentou o assunto. Na época, ele se dedicava a falar mal de Rubens Barrichello e exaltar conquistas brasileiras nas categorias de base. E foi ao mencionar o talento destes pilotos na Fórmula 3000 que roçou a questão: “Torço para que não sucumbam ao redemoinho que ameaça a categoria”.
Sergio Quintanilha, na época editor da revista Racing, comentou em sua coluna alguns detalhes da situação. Em primeiro lugar, trata dos 75% das ações da Slec pertencentes aos grupos de mídia alemães, ambas sob o comando de Leo Kirch. “Acontece que a negociação havia sido feita com Thomas Haffa. Este, à beira da falência, passou a EM.TV a Kirch”.
“O mais incrível é que a tal Slec ainda deve US$ 360 milhões à FIA. Ou seja, Mosley pode romper o contrato e passar a Fórmula 1 ao controle da Acea (Associação dos Construtores Europeus de Automóveis) no futuro próximo”.
Na mesma edição, Nelson Piquet, que assinava regularmente uma coluna na revista, comentou o assunto. Na época, ele se dedicava a falar mal de Rubens Barrichello e exaltar conquistas brasileiras nas categorias de base. E foi ao mencionar o talento destes pilotos na Fórmula 3000 que roçou a questão: “Torço para que não sucumbam ao redemoinho que ameaça a categoria”.
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Tuesday, July 22, 2008
GPWC – “Montadoras ameaçam sair da F-1 e inventar categoria”
Os acontecimentos narrados nesta seção aconteceram entre os anos de 2001 e 2002.
Título e informações: Folha de S. Paulo
A sorte está lançada. No início de março de 2001, outro grupo de mídia alemão, KirchMedia, compra uma fatia das ações da Slec. O grupo, juntamente com a EM.TV, eram duas das maiores operadoras de pay-per-view européias.
As montadoras reagiram por dois motivos: primeiro, não sobrou Slec para elas – Ecclestone ainda detinha 25% das ações, através da Formula One Management (FOM), e, procurado pelas fábricas, havia estipulado um preço nas alturas.
Mas também havia outra preocupação: o retorno dos bilhões investidos por elas na categoria vem da publicidade. Com duas operadoras de pay-per-view no controle da Fórmula 1, nada as impediria de colocar as transmissões neste sistema.
Leo Kirch, dono da KirchMedia, assinou um compromisso de que iria manter as transmissões em sinal aberto, embora poucos tenham acreditado. Por isso, a Acea, asociação de montadoras na Europa, divulgou um comunicado no início de abril anunciando a criação de um novo campeonato. Faziam parte da Acea: Fiat (representando a Ferrari), Ford (dona da Jaguar), Renault (que acabara de comprar a Benetton), DaimlerChrysler (associada à McLaren) e BMW (na época com a Williams querendo comprá-la).
A manutenção do sinal em tv aberta era a bandeira do grupo, cujo porta-voz e presidente da Fiat evocava: “Dedicamos muita energia a este esporte, que gera grande audiência no mundo. Queremos um futuro organizado para que todos possam acompanhar as corridas”.
O campeonato, porém, não poderia ser colocado em prática antes de 2007, por força do Pacto da Concórdia, acordo costurado no início dos anos 80 para manter a Fórmula 1 unida.
A FIA acompanhava o caso à distância, tentando permanecer neutra.
Título e informações: Folha de S. Paulo
A sorte está lançada. No início de março de 2001, outro grupo de mídia alemão, KirchMedia, compra uma fatia das ações da Slec. O grupo, juntamente com a EM.TV, eram duas das maiores operadoras de pay-per-view européias.
As montadoras reagiram por dois motivos: primeiro, não sobrou Slec para elas – Ecclestone ainda detinha 25% das ações, através da Formula One Management (FOM), e, procurado pelas fábricas, havia estipulado um preço nas alturas.
Mas também havia outra preocupação: o retorno dos bilhões investidos por elas na categoria vem da publicidade. Com duas operadoras de pay-per-view no controle da Fórmula 1, nada as impediria de colocar as transmissões neste sistema.
Leo Kirch, dono da KirchMedia, assinou um compromisso de que iria manter as transmissões em sinal aberto, embora poucos tenham acreditado. Por isso, a Acea, asociação de montadoras na Europa, divulgou um comunicado no início de abril anunciando a criação de um novo campeonato. Faziam parte da Acea: Fiat (representando a Ferrari), Ford (dona da Jaguar), Renault (que acabara de comprar a Benetton), DaimlerChrysler (associada à McLaren) e BMW (na época com a Williams querendo comprá-la).
A manutenção do sinal em tv aberta era a bandeira do grupo, cujo porta-voz e presidente da Fiat evocava: “Dedicamos muita energia a este esporte, que gera grande audiência no mundo. Queremos um futuro organizado para que todos possam acompanhar as corridas”.
O campeonato, porém, não poderia ser colocado em prática antes de 2007, por força do Pacto da Concórdia, acordo costurado no início dos anos 80 para manter a Fórmula 1 unida.
A FIA acompanhava o caso à distância, tentando permanecer neutra.
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