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Monday, May 18, 2009

Roma revisitada


Se não é novidade para ninguém que Roma planeja emplacar uma etapa no campeonato mundial em 2011, ao menos que se sublinhe que não será um fato inédito.


Amanhã ninguém lembrará dos 46 anos da última vez que carros de Fórmula 1 alinharam para um Grande Premio de Roma. Mais uma das famosas provas não-válidas para o mundial.


E já que estamos falando de um evento esquecido, nada mais justo que registrá-lo com um piloto esquecido, a bordo de um carro engolido pela história: Roberto Lippi, a bordo de um de Tomaso. A foto acima foi encontrada no F1 Rejects.


De uma forma ou de outra, o nome da corrida permaneceu nas competições de Fórmula 2 e sua substituta, a 3000, até 1991. Da mesma forma que em 1963, tais eventos ocorreram na pista de Vallelunga, próxima à capital italiana.

Tuesday, February 3, 2009

Roma quis abrigar GP de Fórmula 1 em 1984 e 1985

A atual “polêmica” dos bastidores sobre um novo GP da Itália ou GP de Roma não tem nada de novo. A Autosport confirma que Roma fez uma proposta para abrigar um GP de Fórmula 1 em suas ruas em 1984, o mesmo tendo ocorrido no ano seguinte.

A pista seria no centro da cidade, e estaria localizado exatamente no centro das ruas que abrigaram corridas de Grand Prix entre 1928 e 1930. O circuito do entreguerras era chamado de Tre Fontane, e o evento, de Premio Reale di Roma. Percorria, entre outras, a Via delle Tre Fontane, a Via Laurentina, Via di Acqua Acetosa di Ostiense, Via di Decima e a Via Ostiense, num total de 13 km.

O circuito dos anos 80 seria consideravelmente menor e mais sinuoso. Aliás, extremamente sinuoso, com poucas curvas de alta velocidade (se é que alguma) e uma área de box atípica: com uma curva no meio do pitlane e em um local diferente da linha de chegada.

O projeto de 1985 apresentava algumas poucas alterações de traçado em relação ao ano anterior, teria uma extensão maior e mais curvas de baixa velocidade.

A Fórmula 1, porém, se encontrava num período de revisão de seus critérios de escolha de sedes. Há pouco tempo, a categoria corria em pistas improvisadas e provisórias, como o Caesar’s Park em Las Vegas. Entretanto, após desastrosas ocorrências no GP de Dallas em 1984, no qual o asfalto se soltava do chão e um evento de apoio destruiu o circuito e obrigou o cancelamento do warm up, os organizadores da categoria decidiram exigir maior infra-estrutura das sedes das corridas. A elevação constante das exigências, por sinal, dura até o presente momento.

Ignora-se a nomenclatura que seria atribuída ao evento, se Grande Prêmio da Itália (substituindo Monza), de Roma ou da Europa – estas três, as hipóteses mais prováveis.


Nota: foi adiada, mas não esquecida. Nos próximos dois posts, mais histórias de Monza e do GP da Itália!

Sunday, February 1, 2009

Quem tem boca vaia Roma

Aquela peça inestimável de sabedoria popular que diz “quem tem boca vai a Roma”, dirigida a pessoas com vergonha de pedir indicações de trânsito, na verdade não passa de uma corruptela de um outro ditado já esquecido. Dizia-se antes “quem tem boca vaia Roma”, ou seja, que aqueles dotados de meios para expressar sua opinião sempre se inflamam contra o poder central.

No que concerne a Fórmula 1, no entanto, a expressão ganhou outro sentido recentemente, quando o promotor da Superbike Maurizio Flammini tornou pública a ideia de realizar um GP de Fórmula 1 nas ruas da cidade dos césares.

A reação foi imediata por parte de dois dos mais poderosos cartolas do esporte a motor italiano. Enrico Gelpi, presidente do Automóvel Clube da Itália, qualificou o evento como um “desafio inimaginável”. E Luca di Montezemolo achou simplesmente estúpido, já que a Itália possui uma infinidade de autódromos pouco utilizados. Ambos foram enfáticos ao defender Monza como sede do GP da Itália.

Pode soar improvável, mas o projeto de Flammini não chega a ser incoerente. Monza é sim o grande palco do GP da Itália - desde 1921, apenas cinco vezes o evento não foi disputado lá; e Monza é o único circuito que abrigou o GP da Itália mais de uma vez. Houve uma época, porém, em que o automobilismo italiano estava calcado nas provas de rua.

Era uma época em que o nome oficial da categoria era Campeonato Mundial de Pilotos e a corrida de Monza era apenas
uma entre cinco ou seis provas de Fórmula 1 que ocorriam em solo italiano todo ano. Certamente a mais importante, mas apenas uma entre tantas. Em 1954, por exemplo, houve cinco corridas, sem contar os inúmeros eventos de Fórmula 2, carros esporte, a Mille Miglia e a Targa Florio.

A maioria ocorria em ruas ou estradas. Eram disputadas em Nápoles, Siracusa, Milão, Turim, Bari (onde Chico Landi venceu um GP de carros esporte, em 1952), Pescara entre outras, e em Roma!

O Gran Premio di Roma é uma história à parte. Foi um evento quase anual que começou em 1925 (quatro anos depois, portanto, do primeiro Gran Premio d’Italia, ocorrido em Brescia), cuja categoria variava: ora Fórmula Libre ou Grand Prix, ora (após a mudança de nomenclatura, em 1948) Fórmula 1, Fórmula 2 ou carros de turismo. Até os anos 50, sempre em circuitos de rua. Uma infinidade deles: Castel Fusano, Littorio, Tre Fontane, Caracalla (abaixo)...

E foi neste último, em 1947, que a Ferrari obteve a primeira vitória de sua história como construtora, numa prova de Turismo, com o modelo 125C com Franco Cortese ao volante (acima). Cinquenta anos depois, para comemorar o feito, a marca organizou um desfile nas ruas próximas ao traçado de 3,440km entre a Vialle di Terme di Caracalla e a Vialle Guido Baccelli.

Em 1963, o GP de Roma passou a ser disputado no circuito fechado de Vallelunga, quase sempre por carros de Fórmula 2 e, posteriormente, de Fórmula 3000. O último vencedor de uma corrida com este nome foi Alessandro Zanardi, em 91.

Apesar de nunca ter sido disputado em Roma, o próprio GP da Itália já ocorreu e pistas urbanas. Isto, porém, é história para o próximo post.