Monday, June 15, 2009

A velha Silverstone, mas não tão velha

Foi alardeado que este ano marcaria a última aparição de Silverstone na Fórmula 1, que agora ela vai para Donington Park e lá permanecerá. Comentava-se no Reino Unido que esta era uma manobra de Ecclestone para tirar o GP da Grã-Bretanha do calendário e abrir espaço para um lugar com mais investimentos públicos e menos fãs.

O discurso hoje já é mais brando. De qualquer forma, é provável que não vejamos esse lugar tão simbólico por um bom tempo.

Quando falarem em Silverstone, alguns lembrarão do primeiro traçado usado em 1948. Outros, daquele que viu a primeira largada de um Campeonato Mundial de Pilotos, em 50. Prefiro reter na memória um outro, não tão bem quisto: o do início dos anos 90.

Foi uma das mudanças mais radicais: suas retas perderam importância, curvas novas foram incluídas. A Woodcote, outrora famosa, já era não mais que uma chicane e sofreu uma remodelação radical com a inserção da Priory, a nova Luffield e a Brooklands. O complexo Maggots-Becketts-Chapel se tornou um rápido zigue-zague, e, finalmente, Club e Stowe ganharam contornos mais longos e originais.

A configuração durou não mais do que três temporadas, de 1991 a 93. No ano seguinte, os eventos de 1o de maio forçaram a reforma de algumas curvas, para torná-las mais seguras e/ou mais lentas.

Foi uma pena. Antes que a Abbey virasse uma chicane, a curva seguinte, Bridge, era a mais veloz do calendário, superando inclusive a Eau Rouge de Spa. Uma guinada à direita em descida que separava bons pilotos de ótimos pilotos, ou melhor: daquelas que, independente do piloto, se algo não ocorresse como o esperado, poderia haver um acidente grave. Pedro Lamy que o diga... (Abaixo, a Ligier de Eric Comas durante a prova de 1992)



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