As fotos que ilustram este post mostram o piloto Olivier Panis, da equipe "ex-Ligier" Prost, no GP da Argentina de 1997. Foi lá, em Buenos Aires, que a questão pneumática veio à tona.
Afinal, o francês havia conquistado nada menos que uma segunda fila no grid, em uma equipe da qual não se esperava muito - mas e daí, dirá algum leitor, se ele já tinha obtido um terceiro lugar na corrida anterior, o GP do Brasil?
E daí que, logo atrás dele, na terceira fila, largava Rubens Barrichello, da Stewart, equipe da qual não se esperava nada. O que explicava isso?
A resposta estava nos pneus Bridgestone, estreantes naquele ano, que calçavam, não por coincidência, a "parte pobre" do grid. Uma parte pobre, diga-se, que estava agora competindo roda a roda com a parte rica, dignatárias dos tradicionais Goodyear.
De todos eles, Panis sem dúvida era o maior beneficiado. Tinha seu nome estampado em um carro bem construído e um companheiro de equipe que só estava lá porque ostentava a mesma nacionalidade que o (razoável) motor. Tudo conspirava para que Panis fosse o destaque do ano - até que um acidente em Montreal quebrou sua perna e o tirou de sete corridas.
Em 1997, a Bridgestone mostrou por que havia entrado em uma competição esportiva do peso da Fórmula 1. Também aquele foi o último ano de pneus slicks. Para a temporada seguinte, a fabricante japonesa ganhou sulcos na banda de rodagem e a confiança de um time decadente que lutava para refazer seu nome na categoria. A McLaren foi campeã de pilotos e construtores no ano seguinte, e o fim da "era Goodyear" estava selado.
Assim começara a história da Bridgestone na Fórmula 1*. Semana passada, até que se diga o contrário, ela terminou.
*Exceto duas participações menores e de resultados irrelevantes, nos GPs do Japão de 1976 e 1977, em carros locais
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