O ano em que estamos marcará uma efeméride de singular importância para a Fórmula 1: os 15 anos dos eventos de 1994. Foi, certamente, uma das temporadas mais decisivas para a categoria, com suas mortes, seus sustos, manobras políticas e atitudes tomadas. Enfim, um ano para se esquecer.
Justamente por isso, a foto acima (gentilmente roubada dos arquivos LAT) é, para mim, o resumo perfeito de 1994. Mais do que qualquer imagem do trágico GP de San Marino, pois o significado delas é sempre externo às imagens em si.
Não deve ser surpresa para muitos o contexto de quando ela foi tirada. GP da Alemanha, Verstappen entra para fazer seu pit stop, um problema na mangueira de combustível desencadeia o incêndio nos boxes da Benetton. Por trás do fato está sua maior simbologia: a equipe utilizava um equipamento irregular, que permitia bombear mais combustível nas paradas do que o permitido. Aí está o simulacro, o interdito que vem à tona na forma de chama, explode, torna-se visível.
O mecânico está oculto sob seu traje (era o primeiro ano destas vestimentas), mas é legível em seu corpo o desespero. Não tivesse sido mais um susto, haveria de ser mais uma prova do ridículo do automobilismo, quando ele provoca uma morte.
Não apenas os boxes da Benetton naquele GP, mas toda a Fórmula 1 estava em chamas em 1994. Regras mal estabelecidas, autódromos mal vistoriados causaram um dos anos mais tétricos da categoria em tempos recentes. Além das mortes de Ratzenberger e Senna em Imola, JJ Lehto se acidentara em testes na pré-temporada. Alesi, também em testes, em seu início. Logo depois, em Mônaco, Wendlinger entra em coma devido a forte batida na saída do túnel, nos treinos. No GP seguinte, Montermini escapa da última curva em Barcelona e se choca contra o muro, tendo traumatismo craniano. Antes, em testes em Silverstone, Lamy se acidenta gravemente.
Todos estes traumas marcaram a Fórmula 1 e as decisões extrapista tomadas nos últimos 15 anos derivam do que aconteceu em 94. Aquela imagem de Senna imóvel, na Williams destruída, carrega uma série de significados. Esta acima, do incidente de Verstappen, é muito mais precisa ao agregar toda a herança que aquele ano deixou. É esta a foto da qual me lembro quando quero esquecer aquele ano.
Mas, em 2009, será mais lembrado do que nunca. Aqui neste blog, inclusive.
Justamente por isso, a foto acima (gentilmente roubada dos arquivos LAT) é, para mim, o resumo perfeito de 1994. Mais do que qualquer imagem do trágico GP de San Marino, pois o significado delas é sempre externo às imagens em si.
Não deve ser surpresa para muitos o contexto de quando ela foi tirada. GP da Alemanha, Verstappen entra para fazer seu pit stop, um problema na mangueira de combustível desencadeia o incêndio nos boxes da Benetton. Por trás do fato está sua maior simbologia: a equipe utilizava um equipamento irregular, que permitia bombear mais combustível nas paradas do que o permitido. Aí está o simulacro, o interdito que vem à tona na forma de chama, explode, torna-se visível.
O mecânico está oculto sob seu traje (era o primeiro ano destas vestimentas), mas é legível em seu corpo o desespero. Não tivesse sido mais um susto, haveria de ser mais uma prova do ridículo do automobilismo, quando ele provoca uma morte.
Não apenas os boxes da Benetton naquele GP, mas toda a Fórmula 1 estava em chamas em 1994. Regras mal estabelecidas, autódromos mal vistoriados causaram um dos anos mais tétricos da categoria em tempos recentes. Além das mortes de Ratzenberger e Senna em Imola, JJ Lehto se acidentara em testes na pré-temporada. Alesi, também em testes, em seu início. Logo depois, em Mônaco, Wendlinger entra em coma devido a forte batida na saída do túnel, nos treinos. No GP seguinte, Montermini escapa da última curva em Barcelona e se choca contra o muro, tendo traumatismo craniano. Antes, em testes em Silverstone, Lamy se acidenta gravemente.
Todos estes traumas marcaram a Fórmula 1 e as decisões extrapista tomadas nos últimos 15 anos derivam do que aconteceu em 94. Aquela imagem de Senna imóvel, na Williams destruída, carrega uma série de significados. Esta acima, do incidente de Verstappen, é muito mais precisa ao agregar toda a herança que aquele ano deixou. É esta a foto da qual me lembro quando quero esquecer aquele ano.
Mas, em 2009, será mais lembrado do que nunca. Aqui neste blog, inclusive.
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