Thursday, March 11, 2010
Mais equipes, menos motores
O aumento do número de equipes e pilotos na Fórmula 1 é certamente uma boa notícia para a categoria. Mas ela encobre um outro dado: a diminuição drástica de fornecedores de motores.
Este ano serão quatro propulsores diferentes, o número mais baixo em uma primeira etapa de campeonato desde 1980, período do auge do efeito-solo e do último grande ápice dos motores Ford Cosworth. Nos ano seguintes, outras marcas se aventuraram, como a Matra com a Ligier, os primeiros passos da BMW, a Hart, e num piscar de olhos já havia dez fabricantes diferentes fornecendo motores à Fórmula 1.
Nos últimos dez anos, a oferta de modelos diferentes á disposição caiu levemente, mas a situação atual só pode ser explicada pela debandada das grandes corporações: ano passado, Honda; este, Toyota e BMW: três dos seis motores disponíveis em 2008 abandonaram o barco. Os que sobraram (Mercedes, Ferrari e Renault) ganharam a companhia da Cosworth para a atual temporada.
Será que, num futuro próximo, corre-se o risco de vermos uma Fórmula 1 monomotor? Ao menos por enquanto, tal risco parece descartado, pois o grid está mais ou menos homogeneamente dividido entre os fornecedores – e três dos quatro correm com equipe própria!
Eis uma diferença brutal para os quatro motores de 1980, em que Renault, Ferrari e Alfa Romeo fabricavam os próprios propulsores... mas não forneciam para nenhum outro time. Em compensação, todo o resto do grid usava o Cosworth: Ferrari, Tyrrell, Brabham, McLaren, ATS,Lotus, Ensign, Shadow, Fittipaldi, Ligier, Williams, Arrows e Osella, num total de quase 80% do grid.
Em algumas temporadas da década de 70, apenas Ferrari e BRM optavam pelo próprio motor. Até o momento, não há por que acreditar que um quase monopólio dessas dimensões possa se repetir.
(Na foto, os Cosworth desta temporada)
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