Completa uma década hoje o acidente que matou Michele Alboreto, na época ex-piloto de Fórmula 1 e piloto do protótipo da Audi. Sua equipe realizava testes no circuito alemão recém-inaugurado de Lausitz. O ocorrido não teve testemunhas. Em meio à reta, o modelo R8 perdeu o contato com o solo, voou cerca de 100m e colidiu contra o alambrado. O piloto morreu na hora.
O resgate chegou ao local dois minutos após o acidente. O helicóptero, pouco depois. Os indícios apontam para uma falha mecânica, provavelmente o furo de um pneu, isentando assim Alboreto ou o autódromo de qualquer responsabilidade.
Com 44 anos, Alboreto deixou a mulher, Nadia, e duas filhas.
Sua morte é a pedra no sapato da gloriosa trajetória do R8, com o qual o italiano havia vencido em Sebring semanas antes, e que emplacaria uma série de primeiros lugares consecutivos nas 24 Horas de Le Mans.
Alboreto havia despontado no início dos anos 80, nas categorias de base europeias. Contratado pela Tyrrell, venceu duas provas entre 82 e 83 e ingressou na Ferrari no ano seguinte. Foi vice-campeão em 1985. Deixou a equipe de Maranello em 88 e vagou por times menores até se aposentar da Fórmula 1 em 94, a bordo de uma Minardi.
Mas seu grande ano foi mesmo 1985. Aliás, a primeira metade daquele ano, quando venceu no Canadá e na Alemanha. Seu desempenho mais inspirado, porém, não lhe deu o primeiro lugar: foi no GP de Mônaco, quando chegou em segundo. Assumira a liderança com o abandono de Senna, perdeu-a para Prost a escorregar no óleo de um acidente, apenas para ultrapassar o francês.
Um pneu furado o obrigou a entrar nos boxes e, quando saiu, enfrentou todos os que estavam na sua frente. O momento mais bonito talvez tenha sido a briga temerária com Andrea de Cesaris. Mas ver é mais legal que ler descrições. Por isso, segue um vídeo da corrida:
Monday, April 25, 2011
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