
Com 133 GPs disputados, Emerson Fittipaldi, bicampeão, em um carro de mesmo nome, ocupava a vigésima quarta e derradeira posição no grid, por ter marcado o tempo de 1m21s350. A seu lado, apenas um GP a menos que o brasileiro na carreira, Clay Regazzoni alinhava seu Ensign com 1m20s984 no treino classificatório. O crepúsculo dos deuses estava em curso.
Dois pilotos dos mais destacados da década anterior; é como se o GP dos EUA-Oeste daquele ano encerrasse simbolicamente a década de 70 no automobilismo.
A sequência dos fatos sublinharia de tristes cores essa epécie de despedida: na volta 50, via-se uma fumaça subir atrás da Queen's Hairpin. Era Regazzoni, que, após ter perdido os freios, batera na Brabham de Ricardo Zunino, encostada ao fim da reta desde a primeira volta. Ao final da intervenção de Sid Watkins, o suíço estava vivo, mas sem o movimento das pernas. Interrompida a carreira de um piloto, inciava-se uma lição de superação, que duraria por mais duas décadas e meia. Em 15 de dezembro de 2006, a tragédia encontraria novamente Clay Regazzoni, nos arredores de Parma.
No pódio da Ocean Boulevard, aquele pole position comemorava sua primeira vitória. Ele atendia pelo nome de Nelson Piquet. À sua esquerda estava Emerson Fittipaldi. Ao fm do ano, ele se despediria da Fórmula 1. Com dignidade.
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