Apesar de não ter chegado ao pódio, a promessa de Barrichello de fazer o moonwalk no GP da Alemanha se realizou pelo menos no drama de ter andado para trás na classificação da corrida, uma das mais cheias de alternativas da temporada. Da vitória quase certa assim que confirmado o drive through de Mark Webber, uma estratégia arriscada, um pit stop equivocado e problemas com os pneus jogaram o brasileiro para uma longínqua sexta colocação ao final.
A dificuldade resignada, ou envergonhada, por vezes inexplicável de Barrichello vencer na atual temporada parece recapitular esta mesma dificuldade, e todas as outras, que o piloto encontrou ao longo de toda a carreira. 2009 é a metonímia da biografia de Rubens.
Pois hoje se fazem presentes todos os elementos que associamos ao capacete vermelho (laranja?) e azul ao longo do tempo, a começar pela demora da conquista de um primeiro primeiro lugar, cujo destino parecia fazer questão pessoalmente de não deixar acontecer – nas quebras em últimas voltas da Jordan, nos desempenhos irregulares da Stewart assim como aquela estranha estratégia de três paradas no último GP da Espanha. E quando veio sua primeira vitória, parece ter vindo tarde demais, no momento de Schumacher brilhar e vencer e arrancar todos os recordes. Lembremos que o GP da Áustria de 2002 seria apenas sua segunda vitória.
Da mesma forma, o “milagre” da Brawn GP chegou no auge de Jenson Button, relegando Barrichello a estranhas estratégias de equipe, como neste último pit stop em que o brasileiro foi chamado aos boxes antes do inglês. E, finalmente, quando começa a rivalizar em resultados com seu companheiro, sua equipe já não é mais a equipe a ser batida. Um paralelo, ainda que torto, dos tempos de Honda.
Ao menos alguns pontos de sua biografia Webber tem em comum com Barrichello: a chegada à Fórmula 1 como jovem talento, a peregrinação por equipes que se recusavam a decolar, a sombra do companheiro, a vitória tardia. Além de uma feliz prova confusa, Nürburgring também recebeu o momento mais comovente da temporada, o grito que há anos o australiano mantinha engasgado e que saiu daqule jeito estranho, talvez por falta de ensaio, mas que logo se converteu no choro, que é a mais eloquente e universal das línguas.
No pódio víamos o vencedor, em seu habitual porte alto, forte, aquele Mark Webber feliz, contido, mas pela primeira vez despido da habitual resignação. Nem um traço de uma amarga carreira de desilusões, tampouco do acidente que lhe quebrou diversos ossos durante a pré-temporada. Subia ele no pódio do GP da Alemanha, que por sua vez recapitula, à sua maneira, o pódio de um outro GP da Alemanha, em um outro circuito de uma outra temporada, alguns dirão, de uma outra época.
A dificuldade resignada, ou envergonhada, por vezes inexplicável de Barrichello vencer na atual temporada parece recapitular esta mesma dificuldade, e todas as outras, que o piloto encontrou ao longo de toda a carreira. 2009 é a metonímia da biografia de Rubens.
Pois hoje se fazem presentes todos os elementos que associamos ao capacete vermelho (laranja?) e azul ao longo do tempo, a começar pela demora da conquista de um primeiro primeiro lugar, cujo destino parecia fazer questão pessoalmente de não deixar acontecer – nas quebras em últimas voltas da Jordan, nos desempenhos irregulares da Stewart assim como aquela estranha estratégia de três paradas no último GP da Espanha. E quando veio sua primeira vitória, parece ter vindo tarde demais, no momento de Schumacher brilhar e vencer e arrancar todos os recordes. Lembremos que o GP da Áustria de 2002 seria apenas sua segunda vitória.
Da mesma forma, o “milagre” da Brawn GP chegou no auge de Jenson Button, relegando Barrichello a estranhas estratégias de equipe, como neste último pit stop em que o brasileiro foi chamado aos boxes antes do inglês. E, finalmente, quando começa a rivalizar em resultados com seu companheiro, sua equipe já não é mais a equipe a ser batida. Um paralelo, ainda que torto, dos tempos de Honda.
Ao menos alguns pontos de sua biografia Webber tem em comum com Barrichello: a chegada à Fórmula 1 como jovem talento, a peregrinação por equipes que se recusavam a decolar, a sombra do companheiro, a vitória tardia. Além de uma feliz prova confusa, Nürburgring também recebeu o momento mais comovente da temporada, o grito que há anos o australiano mantinha engasgado e que saiu daqule jeito estranho, talvez por falta de ensaio, mas que logo se converteu no choro, que é a mais eloquente e universal das línguas.
No pódio víamos o vencedor, em seu habitual porte alto, forte, aquele Mark Webber feliz, contido, mas pela primeira vez despido da habitual resignação. Nem um traço de uma amarga carreira de desilusões, tampouco do acidente que lhe quebrou diversos ossos durante a pré-temporada. Subia ele no pódio do GP da Alemanha, que por sua vez recapitula, à sua maneira, o pódio de um outro GP da Alemanha, em um outro circuito de uma outra temporada, alguns dirão, de uma outra época.
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